De acordo com o empresário Aldo Vendramin, a decisão sobre onde vender a produção — se no mercado interno ou no externo — é uma das mais estratégicas para produtores de todos os setores. Essa escolha pode impactar diretamente a lucratividade, os custos operacionais, os riscos envolvidos e o crescimento do negócio. Enquanto o mercado interno oferece proximidade e menos burocracia, o mercado externo atrai com possibilidades de preços melhores e ampliação da clientela.
Neste artigo, comparamos os dois mercados para ajudar produtores a identificar onde está o maior potencial de lucro.
O mercado interno é mais vantajoso para pequenos e médios produtores?
Para muitos produtores, o mercado interno representa uma oportunidade acessível e menos arriscada. A venda dentro do próprio país reduz custos logísticos, elimina barreiras alfandegárias e facilita o controle sobre prazos e entregas. Além disso, há maior familiaridade com a legislação, os hábitos de consumo e os canais de distribuição. Isso torna o processo de comercialização mais ágil e menos burocrático, especialmente para pequenos e médios negócios.

Por outro lado, o mercado nacional pode ser limitado em termos de volume de consumo e poder de compra, dependendo do segmento. A concorrência interna também pode ser acirrada, principalmente em setores com forte presença de grandes empresas ou produtos importados. Além disso, como indica Aldo Vendramin, instabilidades econômicas e variações na demanda interna afetam diretamente os lucros. Por isso, é importante analisar a capacidade de diferenciação do produto e as oportunidades em nichos específicos.
Vender para o exterior pode realmente aumentar os lucros?
Exportar produtos para o mercado externo pode representar um salto significativo em termos de faturamento e valorização da marca. Países com moeda mais forte ou com grande demanda por determinados produtos costumam pagar mais, gerando margens superiores. A entrada em novos mercados amplia o volume de vendas e reduz a dependência da economia nacional. Além disso, como menciona Aldo Vendramin, exportar pode ser um diferencial competitivo, agregando prestígio à marca.
Entretanto, a exportação envolve custos adicionais com documentação, certificações, transporte internacional e taxas alfandegárias. Também é preciso entender as exigências legais e culturais de cada destino, o que pode requerer adaptações no produto e na comunicação. O processo de internacionalização exige planejamento, conhecimento técnico e, muitas vezes, apoio institucional. Felizmente, programas de incentivo à exportação, como os oferecidos por agências governamentais, podem facilitar essa jornada.
Como escolher entre mercado interno e externo para sua produção?
A escolha entre vender no mercado interno ou externo deve levar em conta o perfil do produto, a capacidade produtiva e os objetivos da empresa. Produtos com forte identidade regional, por exemplo, podem se destacar mais no mercado externo, onde há curiosidade por itens exóticos ou exclusivos. Para o senhor Aldo Vendramin, é fundamental realizar uma análise de mercado detalhada para identificar onde estão as melhores oportunidades de valorização e escala.
Além disso, a estrutura logística, os canais de venda disponíveis e a maturidade do negócio também influenciam essa decisão. Empresas com experiência em vendas locais podem usar o mercado interno como base sólida antes de expandir para fora. Já negócios com diferencial competitivo claro podem aproveitar o potencial da exportação desde cedo. Em alguns casos, a melhor estratégia é atuar nos dois mercados simultaneamente, diversificando riscos e aproveitando diferentes ciclos de consumo.
Em suma, definir onde vender sua produção é uma decisão que envolve análise criteriosa de custos, oportunidades e riscos. Segundo Aldo Vendramin, o mercado interno oferece praticidade e menor complexidade operacional, ideal para negócios em estágio inicial ou com foco local. Por outro lado, o mercado externo amplia horizontes, oferece margens potencialmente maiores e fortalece a competitividade da marca. O sucesso está em escolher o mercado certo — ou combinar ambos de forma inteligente.
Autor: Thomas Scholze