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Brasil

Entenda como cheias no RS tornaram rios mais rasos e como isso pode agravar novas enchentes

thomas Scholze
thomas Scholze 7 de junho de 2024
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Especialistas alertam que investimentos serão necessários para evitar novos desastres. Enchentes e temporais elevaram rios acima das cotas de inundação e deixaram 172 mortos no estado.

Os rios que transbordaram durante as cheias no Rio Grande do Sul passaram por mudanças que podem agravar novas enchentes, alertam especialistas. Quando as águas voltaram para o curso normal, a sujeira, a terra e as pedras arrastadas criaram camadas no solo que tornaram os rios mais rasos.

Os temporais elevaram rios como o Pardo, Taquari, Caí, Antas, Sinos, Gravataí, além do Lago Guaíba e da Lagoa dos Patos, acima das cotas de inundação. Grande parte dos sedimentos ainda está na água, e o que não foi para o fundo dos rios e do lago, vai para o Sul do estado, piorando a situação na Lagoa dos Patos.

Os temporais no RS deixaram 172 pessoas mortas e 41 desaparecidas.

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O hidrólogo Rodrigo Paiva, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica os efeitos da erosão nos rios.

“Um evento de chuva tão intenso, uma cheia tão grande, naturalmente causa erosão em partes da bacia, seja em encostas, ou no leito dos rios, ou nas margens. Então, a gente vai ter erosão onde a água corre com muita força, tipicamente nos rios mais de montanha, da Serra, e deposição onde a água é mais parada”, afirma.

Os sedimentos que chegaram a Porto Alegre provocam o assoreamento do Guaíba, ou seja, o acúmulo de material no fundo do lago. O volume de sujeira, terra e pedras transportado no Guaíba equivale ao carregamento de mil caminhões por dia.

“O que é trazido até Porto Alegre é uma parte desse volume que chega aqui em quantidades nunca antes medidas. Então, houve sim um assoreamento nessa ordem de grandeza de mais de 1 metro e ao longo de várias sessões desses rios”, diz Elírio Ernestino Toldo Jr., professor de mineralogia e petrologia da UFRGS.

As projeções de especialistas mostram que as cheias vão ser cada vez mais frequentes e mais intensas por causa das mudanças climáticas. A vazão dos rios pode aumentar em até 20%.

“Isso poderia significar um aumento de 50 centímetros, 70 centímetros no nível do Guaíba durante uma cheia. Isso já seria o suficiente para ameaçar o nosso sistema, então por isso a gente tem que fazer essas avaliações”, alerta Rodrigo.
Por isso, o mesmo volume de chuva que caiu em maio pode causar enchentes ainda mais graves se nada for feito.

Dragagem
Uma das medidas para evitar cheias maiores seria escavar o fundo dos rios. Mas, antes de qualquer intervenção, o custo precisa ser bem avaliado, afirma o hidrólogo Rodrigo Paiva.

“Uma intervenção com uma dragagem é algo muito caro, muito custoso. Então, o primeiro passo seria a gente fazer um grande mapeamento da batimetria do Guaíba, do Jacuí e de outros rios – Taquari, Sinos. Com isso a gente vai poder comparar com o que se tinha antes, saber qual que é o volume de sedimentos que fica depositado”, diz.

Além disso, é necessário analisar o impacto e a efetividade de eventuais obras.

“Também é possível simular e estudar qual que é o comportamento dos rios nessa situação e numa situação hipotética de uma dragagem, para verificar o quanto e como que deveria ser uma dragagem, o quanto que isso poderia ser efetivo para redução dos níveis do Guaíba e desses rios durante uma cheia”, pondera Paiva.

O cálculo de quanto custaria resolver o problema depende de estudos, mas nunca foi tão urgente investir em proteção contra enchentes, alertam os especialistas.

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