História, cultura e entretenimento marcaram a Noite do Centro Histórico em Rio Grande

thomas Scholze
thomas Scholze

A cidade do Rio Grande, fundada em 1737, é considerada berço da história, por ser a cidade mais antiga do estado. E isso se reflete em suas praças, igrejas, seus monumentos e costumes. Para valorizar ainda mais essa cultura, a edição de 2022 da “Noite do Centro Histórico”, realizada nesta quarta-feira (09), contou com a abertura de museus, muita história, conhecimento e entretenimento.

A começar por um dos momentos mais aguardados da noite, o tiro de canhão disparado em direção à Lagoa dos Patos. O armamento é do século XIX e estava ao lado do jipe restaurado de 1941, utilizado da Segunda Guerra Mundial. Os bens pertencem a coleção pessoal do ex-oficial do Exército, Ricardo Henriques, em homenagem a Força Expedicionária Brasileira (FEB).

“O ponto de disparo foi icônico, pois é uma recordação da nossa história com tantas guerras e batalhas. A Lagoa dos Patos sempre testemunhou embates navais e terrestres, e hoje nos desfrutamos da paz deixadas por esses ancestrais, que anonimamente se sacrificaram para que nós pudéssemos ter esse patrimônio ambiental e cultural”, diz Henriques.

Para valorizar a cultura e o patrimônio do município, os museus do entorno do Centro Histórico ficaram abertos durante toda a noite. Para quem buscava conhecer melhor a história local, encontrou a visitação guiada pela Biblioteca Riograndense, a Fototeca Municipal e a disponibilidade do transporte gratuito até o Museu Oceanográfico, onde foi possível conhecer o acervo sobre a vida marinha e a dinâmica deste ecossistema. Entre as atrações estava a maior coleção de conchas da América Latina.

O evento também contou com a exposição de carros antigos do grupo Antigos da Estação, que atraiu olhares de diferentes gerações, contendo aproximadamente 30 veículos de décadas diferentes. Dentre os carros estavam presentes modelos como Galaxie 500, Chevette e o Escort XR3 conversível.

Outra atração que fez sucesso durante o evento, foi a inauguração do totem “Eu amo Rio Grande”. O novo ponto turístico se tornou uma parada obrigatória para fotos por quem passava pelo evento. Segundo a primeira-dama e secretaria da SMDIT, Lu Compiani, o local escolhido foi estratégico para que as pessoas possam levar consigo uma recordação bonita da cidade. Dessa forma, potencializará a orla do município, em conjunto com o Mercado Público e todo o entorno do Centro Histórico.

E se imagens falam mais que mil palavras, a exposição “Rostos de um Mercado”, dos artistas Felipe Dumont e Thierry Rios, chamou muita atenção. De acordo com os artistas, a exposição busca valorizar as pessoas que fazem o Mercado Público de Rio Grande, desde comerciantes até frequentadores assíduos do local. A exposição é fruto de um trabalho que durou 60 dias, período de muitas conversas regadas a café com aqueles que, depois do click, virariam os rostos do Mercado. O resultado foram 40 fotos em preto e branco que revelam a cara e a coragem de homens e mulheres que fazem da vida, seu mercado. A exposição ficará até o final de dezembro.

O interior do Mercado Público recebeu muitos visitantes no evento, movimentando o comercio local, principalmente a gastronomia com os frutos do mar e o famoso pastel do mercado.

O Lanchão Seival, que disponibilizava visitação gratuita, ficou cinco dias recebendo curiosos sobre a história de Giuseppe Garibaldi. A embarcação é uma réplica do barco que ele construiu para ir até Laguna, na época da Revolução Farroupilha.

As visitações duraram em média 20 minutos, sendo uma breve aula sobre a cultura gaúcha, tendo por objetivo promover estudos e debates acerca da história, construir e reconstruir conhecimentos referente ao Movimento do Farrapo.

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