Inovação e desenvolvimento econômico do RS são destaques na Feira Internacional da Indústria Eletroeletrônica

thomas Scholze
thomas Scholze

A inovação e o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul tiveram espaço de destaque na 31ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade (Fiee), em São Paulo. Nesta quarta-feira (19), a titular da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), Simone Stülp, e o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, apresentaram um panorama de projetos e investimentos do governo gaúcho durante painel na Arena de Tecnologia e Inovação.

Simone Stülp enfatizou o primeiro lugar em inovação do Rio Grande do Sul, por dois anos consecutivos, no ranking de competitividade dos estados do Centro de Liderança Pública (CLP), além de outros números positivos do Estado, como o crescimento de startups. Isso é fruto, segundo ela, de um esforço para promover a cultura da inovação nos últimos anos, por meio de estratégias como a interiorização das políticas públicas via Inova RS, e de eventos, como a realização do South Summit Brazil, em Porto Alegre.

“A inovação é um meio e uma estratégia para o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado”, afirmou Simone. Ela apresentou o planejamento estratégico da Sict para o ciclo 2023-2026, organizado a partir de três eixos. No eixo Incluir, um dos destaques é a inovação na educação. No eixo Conectar, as cidades inteligentes são um dos focos. O eixo Transformar trabalha a competitividade de setores estratégicos, incluindo materiais avançados e semicondutores.

Conforme informou a secretária, um programa estadual centrado em semicondutores será lançado em breve. “Temos formação sólida de profissionais altamente qualificados para toda a cadeia de produção. O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) propiciou colocar em prática todo esse conhecimento produzido. E tivemos o movimento de empresas que se instalaram no Rio Grande do Sul em função dos cérebros qualificados do nosso Estado”, contou. Incentivos fiscais, como crédito presumido e ICMS zero para insumos importados, também contribuem para um bom cenário.

“No programa, pretendemos investir ainda mais em formação de novos cérebros, para seguir atraindo empresas e permitir a expansão das já existentes, com novos empreendimentos inovadores relativos a essa cadeia”, disse Simone. “Também estamos nos aproximando de atores importantes nacionais e internacionais, porque há um contexto geopolítico importante a ser levado em consideração.”

Em sua fala, o secretário Ernani Polo apontou as prioridades do governo gaúcho em diferentes dimensões. Nas áreas econômica e ambiental, destaca-se a busca pelo crescimento aliado à inovação, à transição energética e à sustentabilidade. “O Rio Grande do Sul prioriza as energias verdes. Temos, hoje, potenciais muito expressivos em fontes de geração de energia hídrica, solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde”, pontuou. Ele mencionou, ainda, as prioridades sociais, como melhora da qualidade da educação e do atendimento à saúde, além do combate à pobreza, em especial a infantil.

Outro ponto importante, segundo Polo, é o avanço do Rio Grande do Sul em termos de competitividade. “Nossa agenda é focada em tornar o nosso Estado um dos mais competitivos do país. Temos uma boa posição geográfica no contexto do Mercosul, mas, dentro do Brasil, existem dificuldades em função das distâncias com os estados mais centrais. Por isso, estamos trabalhando para promover a competitividade”, destacou.

RS na Fiee

A Fiee, maior feira do Brasil no setor eletroeletrônico, segue até sexta-feira (21/7). Seis empresas gaúchas participam do estande coletivo do governo estadual, por meio da Sedec, com o Programa de Apoio à Participação de Empresas Gaúchas em Feiras Internacionais. O aporte do Estado é de R$ 80 mil.

As empresas participantes são Altus (São Leopoldo), Diponto (Porto Alegre), Exatron (Canoas), Global Eletronics (Guaíba), Magmattec (Cachoeirinha) e TDK (Gravataí). Além disso, a analista jurídica do Departamento de Promoção Comercial e Assuntos Internacionais (DPCI), Simone Ferreira, está acompanhando o andamento dos trabalhos no local.

O setor eletroeletrônico do Estado teve um faturamento de R$ 12,5 bilhões em 2022, alta de 5,4% em relação a 2021. O segmento encerrou o ano passado com 19,8 mil profissionais atuando na área, um aumento de 3% em comparação com 2021. O volume de exportações também registrou crescimento, fechando 2022 com US$ 211,37 milhões, 9% a mais que no ano anterior.

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