Pensar em um salgado que é a paixão nacional é lembrar da coxinha, não é mesmo? Para Flavio Giusti, fundador do VegetariRango — primeiro programa de culinária vegana do país — e vegano há mais de dez anos, o salgado popular em todo Brasil, especialmente na região sudeste, possui apreço dos brasileiros devido ao sabor único e ao seu preparo e preço popular.
Mesmo que a receita típica envolva a massa de batata, frango desfiado e catupiry (ou não), a coxinha não possui uma única alternativa, podendo ser preparada em diferentes tamanhos, doce ou salgada, com diferentes recheios e, até mesmo, em uma alternativa vegana. Isso mesmo, o salgado não possui apenas sua receita tradicional, mas também já é preparado dispensando ingredientes de origem animal.
A origem da coxinha
Entre pão de queijo, feijoada, pastéis e caipirinhas, a coxinha virou marca registrada da culinária do Brasil, mas você sabia que sua origem não é tão brasileira assim? Isso mesmo, segundo o escritor de culinária Flavio Giusti, apesar de ser uma iguaria nacional, seu conceito não é daqui, sua receita possui influência direta da mão de chefes franceses e dos povos italianos.
Ao que tudo indica, a receita original da coxinha é francesa, chegando a Portugal no reinado de Maria I ao contratar o chef francês Lucas Rigaud. No entanto, sua receita não é semelhante à brasileira, isso porque, seu preparo passou por diferentes modificações, em especial devido a mão dos italianos imigrantes entre 1880 e 1930. De acordo com o entusiasta de culinária Flavio Giusti, muitos pesquisadores afirmam que a coxinha foi criada durante o século XIX na região da Grande São Paulo, durante o processo de industrialização.
Nessa teoria, ela foi criada como uma alternativa mais barata e durável do que as tradicionais coxas de galinha que eram vendidas nas portas das fábricas. Como os imigrantes italianos representavam a maior parte da massa dos trabalhadores, é provável que tenham modificado a coxinha francesa, fazendo com que ela se assemelhe a um quitute italiano chamado arancini.
Um substituto para o frango: a carne de jaca
A coxinha deve ser entendida, portanto, como uma mistura saborosa que resulta da mescla étnica, cultural e gastronômica que permeia o Brasil. E, independente de sua origem europeia, o importante é a valorização nacional e o apreço popular que ganhou em nosso território, graças ao seu sabor e preparo deliciosos.
Como você bem sabe, a base do recheio da coxinha tradicional é o frango, porém, no caso do recheio da coxinha vegana é a carne de jaca. Isso mesmo, uma carne vegetal muito benéfica e que se assemelha com o frango da receita comum. Para o amante de culinária, Flavio Giusti, ela é uma excelente alternativa, pois, além de apresentar uma série de benefícios, o gosto doce da fruta desaparece, dando lugar a uma carne bem aderente ao tempero.
Dentre os diversos benefícios da carne de jaca, estão: alta presença de cálcio, potássio, ferro, fósforo, manganês, magnésio, vitaminas A e B6, além de ser uma excelente fonte de antioxidantes, sendo também uma fruta muito rica em fibras que auxiliam na redução do colesterol ruim e na melhoria da função intestinal.
Como preparar a coxinha de jaca vegana
Para preparar a coxinha de jaca vegana, o criador do VegetariRango, Flavio Giusti, comenta que não há muitos esforços, pois seu preparo se assemelha muito ao do salgado tradicional. Nessa receita, são utilizados os seguintes ingredientes: jaca, páprica, batata, farinha de trigo, farinha de rosca, sal, óleo de girassol,tomate, cebola, alho, cebolinha, açafrão e queijoquinha. E, para saber seu modo de preparo, basta conferir o tutorial do ex-MasterChef em seu canal do Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=khonaq5JTc4).
E, então, vale a pena experimentar a coxinha de jaca vegana, não é mesmo? Se você quer aprender mais receitas fáceis como essa ou, até mesmo, se aventurar em demais dicas da culinária vegana, acompanhe Flavio Giusti em seu canal do Youtube e em seu Instagram (@vegetarirango). Ademais, para expandir ainda mais os conhecimentos em queijos veganos, não deixe de participar de seus cursos ministrados anualmente em diferentes locais, ao todo, o ex-MasterChef já ensinou mais de 7 mil alunos em cidades e países variados!