O Rio Grande do Sul voltou a ter regiões sob bandeira amarela no mapa provisório do distanciamento controlado

thomas Scholze
thomas Scholze

Divulgado nesta sexta-feira (9), o mapa provisório do distanciamento controlado voltou a ter regiões gaúchas classificadas sob bandeira amarela (baixo risco epidemiológico para o coronavírus), pela primeira vez em mais de três meses. São três áreas do Estado com esse status e 18 na cor laranja (risco médio).

Estão “pintadas” de amarelo as regiões de Bagé, Palmeira das Missões e Pelotas, que apresentaram melhora em indicadores referentes à pandemia. Pelo mesmo motivo, a área de Santa Maria, única com bandeira vermelha (alto risco) na 22ª rodada (ainda vigente), retorna à bandeira laranja nesta semana.

A configuração definitiva será divulgada na segunda-feira pelo Comitê de Crise do governo do Rio Grande do Sul, após as 36 horas de prazo para encaminhamento de recursos por prefeituras e entidades regionais (até a manhã de domingo). O novo mapa entrará então em vigor a partir da primeira hora de terça-feira, válido por uma semana.

A última vez que o Rio Grande do Sul havia apresentado regiões em risco epidemiológico baixo foi na oitava rodada,no período de 30 de junho a 6 de julho. Os detalhes podem ser conferidos na plataforma digital www.distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

Em todo o Estado, percebeu-se uma estabilidade ou melhora na maioria dos indicadores, como registros de novas hospitalizações (-29%) e óbitos (-7%). Houve estabilidade no número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou por Covid-19 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e um leve aumento nos internados com Covid-19 em leito clínico.

De acordo com o Palácio Piratini, mesmo contabilizando pacientes internados por outras causas, os números apontam leve queda na quantidade de UTIs ocupadas. A manutenção do total de leitos de UTI se traduziu em leve aumento na razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19.

Como não há regiões classificadas em bandeira vermelha, somente bandeira amarela ou laranja, não será necessário, nesta rodada, aplicar a “Regra 0-0”, que permite que municípios pertencentes a regiões classificadas em risco alto e que não tenham registro de óbito ou de hospitalização de moradores nos últimos 14 dias possam adotar regras da bandeira laranja.

A título de informação, dos 417 municípios (9.912.608 habitantes, 87,5% do total) em bandeira laranja, 80 deles (10,3%, 1.165.152 habitantes) não apresentaram hospitalizações e óbitos nos últimos 14 dias.

Dentre os 80 municípios (1.416.997 habitantes, 12,5%) em bandeira amarela, 54 (358.009 habitantes, 3,2%) não apresentaram hospitalizações e óbitos por Covid-19 nos últimos 14 dias.

Cogestão

Das 21 regiões em bandeira laranja, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba ainda não aderiram ao sistema de cogestão do Distanciamento Controlado.

As outras 18 já adotam protocolos alternativos às bandeiras definidas pelo governo – Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado.

As regiões em cogestão classificadas em bandeira laranja podem adotar regras de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).

A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo, que será divulgado após análise dos recursos pelo Gabinete de Crise, na tarde de segunda-feira (12/10), por meio de notícia publicada no site do governo do Estado. A vigência das bandeiras da 23ª rodada começa à 0h de terça-feira (13/10) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (19/10).

(Marcello Campos)

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