O novo mapa definitivo do distanciamento controlado confirmou três regiões gaúchas sob bandeira amarela e 18 na cor laranja

thomas Scholze
thomas Scholze

Divulgado pelo Palácio Piratini nesta segunda-feira (12), o mapa definitivo do distanciamento controlado confirmou a classificação de bandeira amarela (baixo risco epidemiológico de coronavírus) em três regiões gaúchas: Bagé, Pelotas e Palmeira das Missões. As demais 18 áreas do Estado estão sob a cor laranja (risco médio) na 23ª rodada do sistema, que entra tem vigência de uma semana a partir desta terça-feira.

A configuração provisória havia sido publicada na sexta-feira, com prazo até a manhã de domingo para o encaminhamento de recursos por parte de prefeituras e entidades locais. Apenas um pedido de reconsideração foi protocolado, pelo município de Três Arroios (Região de Erechim), mas não houve deferimento pelo Gabinete de Crise do governo do Rio Grande do Sul.

Conforme contra-argumentação apresentada pelo Comitê, a negativa se deu contra reivindicação para que a cidade passasse da bandeira laranja para amarela. O motivo é que o distanciamento controlado não prevê a permissão para que uma cidade, de forma isolada, alcance bandeira de menor risco epidemiológico à região onde está inserida.

Esta é a primeira vez que o Rio Grande do Sul aparece com bandeira amarela em mais de três semanas – a última havia sido entre 30 de junho e 6 de julho, na oitava rodada do modelo, criado pelo Executivo gaúcho em maio para definir restrições e flexibilizações de medidas, de acordo com uma ideia de equilíbrio entre demandas econômicas, sociais e de saúde. Os detalhes podem ser conferidos em www.estado.rs.gov.br.

Erechim está “pintada” de laranja, mas integra as 18 regiões que aderiram ao sistema de cogestão, por meio do qual é possível adotar protocolos alternativos e mais brandos às bandeiras atribuídas a determinada área do mapa, compartilhando responsabilidades com o governo do Estado. Apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba ainda não optaram por essa alternativa.

As regiões em cogestão classificadas em bandeira laranja podem adotar regras de bandeira amarela, desde que enviem os seus protocolos ao governo e obtenham aprovação. No entanto, a cogestão não altera as cores do mapa definitivo.

Melhoria

De modo geral, em todo o Estado se verificou uma estabilidade ou melhora na maioria dos indicadores monitorados pelo distanciamento controlado, a exemplo dos registros de novas hospitalizações (-29%) e óbitos (-7%). Houve estabilidade no número de internados por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) ou por coronavírus em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e um leve aumento nos internados com Covid-19 em leito clínico.

Mesmo contabilizando pacientes internados por outras causas, os números apontam leve queda na quantidade de UTIs ocupadas. A manutenção do total de leitos de UTI se traduziu em leve aumento na proporção de leitos livres para cada leito ocupado por paciente de Covid-19.

“A melhora de indicadores tem sido verificada nas últimas três rodadas”, ressalta a SES (Secretaria Estadual da Saúde). O órgão menciona que na 21ª todas as 21 regiões foram classificadas em laranja e que na 22ª apenas a região de Santa Maria ficou em vermelho.

Como não há regiões em bandeira vermelha, mais uma vez não será necessário aplicar a chamada “Regra 0-0”, segundo qual os municípios pertencentes a regiões classificadas em risco alto e que não tenham registro de óbito ou de hospitalização de moradores nos últimos 14 dias possam adotar regras da bandeira laranja.

(Marcello Campos)

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