Com 1%, Tatto recebe do PT o dobro que Benedita, Marília e Luizianne

thomas Scholze
thomas Scholze

O petista Jilmar Tatto está empacado na corrida eleitoral por São Paulo. Nova rodada do Datafolha nesta semana confirmou seu pífio desempenho: 1% de intenção de votos, amargando o oitavo lugar. Mas não é por falta de dinheiro.

O diretório nacional do PT injetou 2,1 milhões de reais na campanha de Tatto.

Enquanto isso, as mulheres do PT, candidatas com reais chances de vitória em outras capitais, receberam quinhões bem menos generosos.

Tatto, até agora, recebeu mais que quatro petistas que não estão fazendo o papelão do colega nas pesquisas.

Marília Arraes, candidata em Recife, está em segundo, com 17% (Datafolha) das intenções de voto, e recebeu até agora do PT nacional 976.000 reais.

Luizianne Lins, em Fortaleza, está em segundo lugar com 23% das intenções de voto e foi contemplada com 900.000 reais.

Benedita da Silva, no Rio, está em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, mas em empate técnico no limite com o segundo, Marcelo Crivella. Ela levou 900.000 reais.

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Adriana Accorsi, em Goiânia, está em terceiro lugar com 6% e o PT só lhe repassou 380.000 reais até agora.

Até a noite de quinta-feira, o valor destinado a Tatto superava o montante para Benedita, Marília e Luizianne juntas.

PT anuncia distribuição por desempenho

O PT informou que a distribuição de recursos do fundo eleitoral até agora corresponde à primeira parcela, de 50% dos recursos destinados aos seus diretórios estaduais. E que foram considerados proporção de eleitorado e resultado das últimas eleições.

A segunda parcela a ser paga, garante o partido que já estava planejado pelo diretório nacional, irá considerar principalmente o desempenho eleitoral das candidaturas, com base na análise de pesquisas. Assim, informa a legenda, será ampliada significativamente a participação das candidaturas que se mostrarem mais competitivas no curso da campanha.

“As candidaturas do PT nas cidades do Rio, Recife e Fortaleza, pelo desempenho positivo demonstrado desde as pesquisas anteriores ao início da campanha, já receberam um volume de recursos proporcionalmente maior do que as de outras capitais, nesta primeira parcela, numa correta antecipação do critério de competitividade”, diz nota do PT enviada ao Radar. .

Diz ainda o PT que a legenda “não discrimina nem privilegia estados, cidades ou candidaturas na distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral. O PT continua sendo o partido brasileiro mais comprometido com a paridade de gênero e o aumento da participação e representação política das mulheres”.

 

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