Trump corta negociações por estímulo fiscal nos EUA e sacode bolsas

thomas Scholze
thomas Scholze

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que está cortando as negociações sobre o estímulo fiscal. Segundo ele, as conversas serão retomadas após as eleições, em 3 de novembro. Logo após o anúncio, as bolsas derreteram mundo afora. O Ibovespa perdeu 1.500 pontos, caindo para 95.400 — antes estava em alta, e às 16h10 passou a negociar com queda de 0,8%. Nos Estados Unidos o movimento foi parecido. O S&P 500, o principal índice acionário, caiu de 3.429 pontos para 3.370, amargando queda de 1,3% no dia. A cotação do dólar disparou também. A moeda americana saiu de 5,56 reais e passou a ser negociada 5,61 reais minutos após fala de Trump.

Trump anunciou a decisão por meio de sua conta no Twitter. Ele diz que Nancy Pelosi, a porta-voz da Câmara, o que equivale à presidência da Casa, pede 2,4 trilhões de dólares como auxílio para os desempregados. “Dinheiro que não está relacionado à Covid-19”, afirmou Trump. “Nós fizemos uma generosa oferta de 1,6 trilhão de dólares e, como usual, ela não está negociando de boa fé.”

Trump continuou. “Instruí meus representantes a pararem de negociar até depois da eleição, quando, imediatamente depois de minha vitória, aprovaremos uma importante lei de estímulo que se concentra nos americanos trabalhadores e nas pequenas empresas”, afirmou. “Nossa economia está indo muito bem. O mercado de ações está em níveis recordes, os empregos e o desemprego também voltaram em números recordes. Estamos liderando o mundo em recuperação econômica, e o melhor está por vir”, concluiu.

Pelosi, após os tuítes do presidente americano, respondeu. Segundo ela, Trump mostrou “suas verdadeiras cores, colocando-se em primeiro lugar às custas do país, com total cumplicidade dos congressistas do Partido Republicano”. “Afastar-se das negociações sobre o coronavírus demonstra que o presidente Trump não está disposto a esmagar o vírus”, afirmou Pelosi.

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