Shopping Cidade Jardim diz que grife Jimmy Choo saiu andando sem pagar

thomas Scholze
thomas Scholze

“I lost my Choo”, gritou Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker, enquanto corria para tentar pegar uma balsa em Staten Island para voltar a Nova York, em um dos episódios da série Sex and The City. A frase se tornou icônica, e marcou a relação de Carrie com os sapatos da marca Jimmy Choo. Aqui no Brasil, o shopping Cidade Jardim, um dos mais luxuosos da cidade de São Paulo, também já pode dizer que perdeu seu Choo. Mas o caso foi parar nos tribunais.

A JHSF, que é dona do Cidade Jardim, está processando a Newluxe, a empresa que é dona da loja Jimmy Choo no shopping, alegando que eles entregaram as chaves e foram embora sem pagar o que deviam, de acordo com processo ao qual o Radar Econômico obteve acesso. Nas contas da JHSF, a loja deixou de pagar cerca de R$ 145 mil a título de aluguel e outros R$ 440 mil de um dinheirinho dado a título de “allowance”, uma espécie de incentivo financeiro. O tal incentivo foi dado em 2018 numa renegociação do contrato de aluguel, para que a loja continuasse no shopping, até 2024. O dinheiro deveria ser usado para ações de marketing da loja. Com a pandemia, a loja fechou definitivamente em 31 de julho deste ano e o dono entregou as chaves. Só que, segundo a JHSF, sem pagar o aluguel e sem devolver o incentivo financeiro. Já contando juros, a JHSF pede que a Newluxe pague uns R$ 619 mil para quitar a dívida. A Newluxe ainda não se pronunciou no processo, que corre na Justiça de São Paulo.

Apesar da briga, o Cidade Jardim já encontrou um substituto à altura para a Jimmy Choo. O Radar Econômico apurou que vai entrar uma expansão da loja do estilista italiano René Caovilla no lugar.

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