O surf para líderes é uma metáfora prática para conduzir equipes em ambientes dinâmicos, traduzindo leitura de contexto, coragem e disciplina em resultados. Para Ian Cunha, liderar com mentalidade de surfista significa aceitar a mudança como regra, alinhar preparo com oportunidade e manter presença para decidir com clareza sob pressão. Ao reconhecer que as ondas do mercado são imprevisíveis, o líder aprende a ajustar postura, cadência e direção sem perder o foco no propósito.
Essa abordagem une técnica e intuição, incentivando cadência sustentável, comunicação transparente e ciclos curtos de aprendizado. O objetivo é simples: navegar melhor, desperdiçar menos energia e transformar cada série de ondas em avanço estratégico. Descubra mais sobre o tema a seguir:
Surf para líderes: leitura das ondas e timing
Em liderança, como no surf, antecipar a onda correta evita remadas inúteis e cansaço desnecessário. De acordo com Ian Cunha, a leitura do cenário começa pelo mapeamento de sinais fracos, análise de riscos e identificação de vantagens temporárias antes que virem senso comum. O líder estabelece marcadores objetivos e usa esses dados para decidir quando acelerar, quando manter e quando abandonar. O timing melhora quando a equipe compartilha um vocabulário comum, permitindo alinhar expectativas.

Escolher a onda errada custa moral, caixa e reputação. Por isso, processos de decisão precisam ser enxutos, com critérios pré-acordados e hipóteses testáveis. Reuniões curtas, agendas claras e métricas transparentes substituem improvisos longos e indefinições. O líder treina o time para prototipar rápido, colher feedbacks e iterar sem apego a ideias iniciais. A disciplina em registrar aprendizados cria repertório para a próxima série, encurtando o tempo entre percepção e ação.
Flexibilidade estratégica e adaptação contínua
A flexibilidade do surfista inspira uma estratégia que se move com a maré, sem perder identidade. Conforme expõe Ian Cunha, flexibilidade não é indecisão; é capacidade de reconfigurar recursos, rotas e prioridades à luz de novas informações. O líder estabelece um norte inegociável e mantém o restante ajustável. Ao alternar entre foco profundo e colaboração aberta, a equipe preserva energia criativa e reduz desgaste. Ferramentas simples, rotinas previsíveis e backlog priorizado evitam o “puxadinho” tático.
No plano tático, o líder se apoia em sprints curtos, limites de trabalho em progresso e checklists de qualidade. Equipes multifuncionais, com autonomia responsável, enfrentam mudanças sem paralisia. Políticas de comunicação definem quando silenciar notificações para trabalho de alta complexidade e quando abrir canais para alinhamento. Treinos deliberados fortalecem confiança e tempo de resposta.
Resiliência, queda e retorno mais forte
Quedas fazem parte do progresso, e a resiliência determina a qualidade do retorno. Assim como indica Ian Cunha, equipes resilientes adotam um pacto psicológico de segurança: erros honestos são investigados, não punidos; lições viram padrões; sucessos são compartilhados de forma objetiva, sem euforia ingênua. O líder protege o time da volatilidade emocional, mantendo rituais de cuidado e exigindo disciplina na execução. Com isso, a confiança se torna capital estratégico.
A resiliência também depende de condicionamento físico e mental da organização. Rotinas de saúde organizacional sustentam a performance em séries longas. Investir em competências de base, como comunicação assertiva e análise de dados, amplia a autonomia e diminui retrabalho. Planos de contingência e reservas de capacidade evitam colapsos em picos de demanda. Quando a cultura trata turbulências como treino e não como trauma, a equipe cumpre metas ambiciosas sem sacrificar a vitalidade do sistema.
Surfe as mudanças com método e propósito
Em suma, liderar com mentalidade de surfista é aceitar a natureza mutável do jogo e transformar variabilidade em vantagem competitiva. Segundo Ian Cunha, o caminho combina leitura precisa do contexto, flexibilidade com critérios e resiliência disciplinada. Ao escolher a onda certa, ajustar a rota sem perder coerência e aprender rápido com as quedas, o líder preserva energia, acelera entregas e mantém o time coeso.
Autor: Thomas Scholze
