Uma mulher foi presa no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, ao tentar embarcar com um lote de cartões bancários clonados

thomas Scholze
thomas Scholze

Durante operação no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Zona Norte de Porto Alegre, a Polícia Civil gaúcha prendeu em flagrante uma mulher que pretendia embarcar para Fortaleza (CE) transportando um lote com pelo menos seis cartões bancários e de crédito falsos, obtidos por meio de clonagem de alto padrão. Ela era monitorada pelos investigadores havia pelo menos uma semana.

O titular da Draco (Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) da 1ª DPRM (1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana), Eduardo Limberger do Amaral, ressaltou que a suspeita é vinculada a uma organização criminosa com atividades centralizadas na Região Nordeste do País. A sua incumbência, antes de ser interceptada, era fazer a entrega do material.

“Esses cartões provavelmente são oriundos de dados subtraídos de vítimas e emitidos de forma ilegal, para a realização de compras também fraudulentas”, detalhou o delegado. A mulher – que optou por permanecer em silêncio ao ser detida – também levava com ela dezenas de chips de telefone celular, um passaporte, um celular e uma máquina de pagamento eletrônico.

O flagrante foi efetuado na tarde de domingo (11), mas só confirmado oficialmente pela corporação na manhã desta segunda-feira, por meio da conta da Draco na rede social Twitter. Junto com a notícia, uma foto (aqui reproduzida pela reportagem) mostra os itens apreendidos. O nome da suspeita não foi divulgado.

Investigações prosseguem

Ainda de acordo com Amaral, a investigação da Draco será aprofundada, a fim de identificar os demais integrantes da quadrilha e outras possíveis vítimas do esquema, bem como os prejuízos causados até agora. Os policiais também querem saber o papel da suspeita na organização.

Uma das questões que a equipe pretende apurar é a forma pela qual os criminosos obtiveram os dados para a clonagem – dos seis cartões falsos, cinco emulavam o emblema e outros elementos visuais utilizados pela modalidade “Ouro Card” do Banco do Brasil, ao passo que o outro exibia lay-out idêntico ao do banco BMG.

(Marcello Campos)

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