Em vídeo, Malafaia fará mais um lance da briga no bolsonarismo

thomas Scholze
thomas Scholze

O pastor Silas Malafaia se prepara para divulgar vídeo nesta segunda-feira, 5, criticando novamente a indicação do desembargador Kassio Nunes para o Supremo Tribunal Federal (STF). No vídeo, o líder religioso provará, segundo aliados, que nunca indicou sozinho um nome para o presidente Jair Bolsonaro, negando que tenha influenciado para colocar alguém “terrivelmente evangélico” no lugar de Celso de Mello.

O vídeo de Malafaia é uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que afirmou a apoiadores neste fim de semana que “uma autoridade do Rio de Janeiro” estaria atacando sua indicação porque tinha um nome pessoal para colocar na vaga. A briga entre o presidente e o líder religioso é mais um lance da briga bolsonarista.

“Essa infâmia que, em especial, essa autoridade do Rio de Janeiro está fazendo contra o Kassio é uma covardia. Até porque ele está fazendo porque ele queria que eu botasse um indicado por ele. Com todo respeito, o presidente sou eu. Eu não tenho cabeça dura, eu volto atrás de decisões minhas, mas essa decisão é crucial pra mim”, disse Bolsonaro.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais no sábado, 3, Silas Malafaia atacou Kassio Nunes e chamou de “absurdo vergonhoso” o nome indicado pelo presidente. Ele negou que evangélicos tenham pedido a Bolsonaro um ministro “gospel”. “Nós nunca pedimos isso ao presidente”. O líder também afirmou que não tem uma indicação pessoal. “Eu não tenho candidato pessoal ao STF”, declarou.

Neste domingo, 4, o pastor voltou a tocar no assunto e afirmou que soltará um novo vídeo nesta segunda. “Amanhã vou postar um vídeo falando da indicação de Bolsonaro para o STF e as questões que envolvem minhas posições sobre o assunto. Não será fácil. Vou citar nomes. Não jogo indiretas, tenho compromisso com a verdade. Será quentíssimo!”, escreveu Malafaia.

A coluna antecipou na última quinta, 1º, que Bolsonaro seria cobrado por não ter indicado um nome “terrivelmente evangélico” para o STF.  Em setembro, o segmento passou a se preocupar bastante porque, na avaliação deles, o primeiro indicado de Bolsonaro – justamente para a vaga do decano Celso de Mello – era para ser, obrigatoriamente, deles.

“Nós aguardamos que o ministro ‘terrivelmente evangélico’ seja nomeado nessa primeira vaga. O compromisso público do presidente Jair Bolsonaro conosco é em relação à primeira vaga do STF. A segunda ele pode botar católico…”, afirmou uma liderança da bancada gospel.

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